Como a Primavera ainda não veio para ficar, todos os pretextos são bons para comemorar mais uma bela tarde de céu azul.
Assim, por um destes dias, decidimos fazer uma nova visita à D. Ana e ao seu "Monte Velho". O espaço, perdido por entre cerros algarvios para os lados de Tavira, justifica todas as curvas do caminho.
À frente da sua cozinha aberta, está a D. Ana, sempre ansiosa por saber o que estamos a achar de mais um banquete!
À frente da sua cozinha aberta, está a D. Ana, sempre ansiosa por saber o que estamos a achar de mais um banquete!
Apesar da paisagem deslumbrante a comida é, sem dúvida, o ex libris de um espaço apenas acessível mediante reserva.
Desta vez, como reservámos com pouca antecedência e éramos um simpático grupo de 10 pessoas pouco pontuais, acabámos almoçar a meio da tarde... Mas como para aqueles lados tudo se move a um ritmo lento e compassado, não havia pressas...
A comida é tradicional, mas sempre com um toque pessoal e original...
Assim, depois da Entrada, composta por umas simples travessas, repletas de uma bela selecção de queijos, presunto e enchidos, e acompanhada por umas generosas fatias de pão alentejano, começou a viagem à descoberta de um surpreendente desfile de pratos que rapidamente se encaminhou para a mesa...
Do coelho com molho de champagne e amêndoas laminadas...
À salada de cenoura com lentilhas, a acompanhar as bochechas de porco com molho de figo...
Passando pelas coxas de frango com castanhas e canela...
Terminando no empadão de carne com molho de framboesa...
Para finalizar, nada melhor do que adoçar a boca em conjunto, sem formalidades, com uns pratinhos colocados no meio da mesa, compostos por papaia, framboesas, torta de alfarroba e figo...
...e umas amêndoas para acompanhar o café, tomado no alpendre com vista para a Serra...
Como dizia James Joyce "Se Deus criou os alimentos, foi o Diabo quem acrescentou os temperos..."
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